A Busca pela Precisão e Perfeição
- Ivan Mouta
- 17 de dez. de 2016
- 3 min de leitura

Existe um conceito bastante propagado que sempre é melhor fazer alguma coisa do que não fazer coisa nenhuma. Para justificar isto, se usa muito a frase “o ótimo é inimigo do bom”, ou seja, se não dá para fazer o “ótimo”, que se faça ao menos o “bom”. Essa linha de pensamento tem sua lógica, mas tem nos limitado muito em nossas ações no dia a dia. Estamos nos habituando e, principalmente, nos acomodando em realizar nossas ações de forma medíocre, sem agregar um valor maior às nossas atitudes e realizações. A frase que deveríamos usar com maior frequência é: “o bom é inimigo do ótimo”. É ele, “o ótimo”, que devemos buscar incansavelmente.
Isto vale para tudo em nossa vida, mas focando apenas no trabalho que executamos, todos nós somos tentados, a todo o momento, a nos conformar e aceitar as coisas como elas são ou estão, somos especialistas em encontrar justificativas para não fazer algo melhor.
É fato que, no dia a dia, nos deparamos com muitas barreiras que nos dificultam na realização de um serviço de qualidade e aí está o grande perigo, começamos a nos acostumar e fazer apenas o “feijão com arroz”. Não vamos além, não buscamos a excelência na execução de nossas tarefas e isso faz de nós profissionais comuns e não pessoas extraordinárias, que fazem sempre a diferença.
É preciso ultrapassar estes obstáculos e mostrar o quanto somos fundamentais no que realizamos. Isto não é fácil, mas pode ser feito. Temos que procurar sempre a perfeição no que fazemos, precisamos ser cuidadosos e a todo tempo realizar tudo de forma justa, precisa. Temos que ter carinho por nosso ambiente de trabalho, afinal é onde passamos a maior parte da nossa vida. Temos que zelar pelos materiais que utilizamos. Os maiores prejudicados com o descuido e o desperdício somos nós mesmos, que dependemos deles para realizar o nosso trabalho.
Por muita vezes nos deparamos com outros profissionais que vivem desmotivados e falando mal de tudo e de todos e que não almejam fazer um “algo a mais”. Não podemos nos deixar contagiar por eles. Ao contrário, temos que tentar persuadi-los a mudarem de postura. Isto, além de fazer mal ao ambiente de trabalho, faz muito mal a quem age desta forma. Não há coisa pior do que trabalhar insatisfeito, isto é ruim para os colegas e para a empresa, mas, principalmente, é ruim para quem se sente e se comporta assim.
É muito importante o reconhecimento por parte da empresa. Isto é fundamental e sempre temos que lutar por isto, mas, também, temos que fazer as coisas por nós mesmos e não pensando somente em receber algo em troca. Realizar bem uma tarefa, expressar a opinião e fazer mais do que se espera irá trazer uma grande satisfação pessoal, que nenhum dinheiro pode comprar. Nunca podemos nos esquecer de que o trabalho que executamos mostra quem somos de verdade, mostra se somos bons ou ótimos naquilo que realizamos.
O exercício em nos tornarmos melhores no que fazemos deve ser incessante e incansável. E isto passa por entender o que representa e no que interfere o nosso trabalho. Não é mais admitido que um profissional trabalhe de forma estanque, sem entender a interação de sua atividade com o dos demais membros da empresa. É preciso que todos acordem e percebam que não são mais soberanos no que fazem e que novos profissionais, mais qualificados, motivados e cheios de energia, invadem o mercado todos os dias.
Seja qual for o trabalho que executamos, o certo é que nossos clientes tem infinitas opções e nós podemos fazer a diferença nesta seleção feita por eles. Somos todos fundamentais para o sucesso da nossa empresa, mas precisamos mostrar mais dedicação no que realizamos. As companhias, por sua vez, precisam adotar políticas de avaliação para seus funcionários, de forma a valorizar quem se destaca e substituir quem não estiver em comunhão com este novo posicionamento profissional. A busca pelo “ótimo” deve ser incessante. Quem quer ter sucesso não pode relaxar nunca. Mas devemos ficar atentos, pois o que é “ótimo” hoje será apenas “bom” amanhã e poderá não mais existir depois.
Nossas ações, sejam elas no ambiente pessoal ou profissional, devem sempre ser executadas de forma justa, rigorosa, com exatidão e perfeitas em sua essência e devemos fazer disso fortes colunas que cercam nossas vidas.
Ivan Mouta
http://www.jcdigital.com.br/flip/Edicoes/17050%3D17-12-2016/002.PDF
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