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Nós fazemos a diferença


Começamos mais um ano e desta vez com um forte otimismo pairando no ar, o que é muito positivo e promissor, mas não podemos somente depositar nossas expectativas nas mãos de outras pessoas, como se fossem salvadoras da pátria, que sozinhas resolverão todos os nossos problemas, isso é uma grande ilusão e uma tremenda ingenuidade. Como sempre o que fará a diferença será a força do nosso trabalho e nosso envolvimento direto nas ações de nosso cotidiano, desde as mais simples até as mais complexas.


Nesse momento de grandes reviravoltas e esperança por dias melhores em nosso País, independente de nossas convicções políticas e ideológicas, uma boa forma de nos orientarmos em nossas ações diárias, junto aos que nos rodeiam, seria utilizarmos em sua essência o que preconiza o lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade, nos valendo dos valores transmitidos por esta tríade.


Existem muitas leis que outorgam nossa liberdade, podemos fazer o que desejarmos, desde que não prejudiquemos ninguém, nem desrespeitemos tais leis. Mas a verdadeira liberdade é podermos viver, nos posicionar e nos expressar de acordo com nossa vontade, nossa consciência e nossa natureza, sem medo de como isto será interpretado e de que reações poderá provocar nas outras pessoas. Precisamos conviver melhor com nossas diferenças, sejam elas sociais, ideológicas ou de qualquer natureza. Melhorar nossa convivência em sociedade passa necessariamente por respeitar as decisões e opiniões das outras pessoas, mesmo que não façamos ou pensemos da mesma forma e até que nos pareça não ter o menor sentido, mesmo assim temos que buscar conviver em equilíbrio com estas pessoas. O sentimento de liberdade é o bem mais valioso que temos e poucas coisas nos causam tanto mal quanto sua privação.


Vivemos uma incessante busca pela igualdade entre as pessoas e contra a discriminação baseada em sexo, raça, cor, origem, religião, estado civil, condição social ou orientação sexual. Não se pode tratar de modo diferente as pessoas simplesmente por suas características ou escolhas pessoais. Todavia, não podemos nos esquecer das palavras de Aristóteles, que diz que “devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade”. É injusto diferenciar indivíduos por sua cor de pele, sexo etc., mas necessário dar tratamento especial às pessoas que têm, de fato, motivos para serem tratadas de modo diferenciado (idosos, grávidas, portadores de deficiência, pessoas que vivem na total miséria e passam fome etc.), é a chamada discriminação positiva. É fundamental que respeitemos estes “privilégios” que algumas pessoas têm, mas que na verdade são medidas compensatórias que tem como objetivo combater as desigualdades advindas de desvantagens que estas pessoas possuem em relação à maioria da sociedade, e, evidentemente, não se pode tratar da mesma forma pessoas honestas e indivíduos comprovadamente corruptos e descumpridores das leis.


Uma sociedade é muito mais evoluída quando as pessoas se tratam como irmãos. A fraternidade resume todos os deveres dos homens, uns para com os outros. É tratar as pessoas da forma que queremos ser tratados por elas. Precisamos deixar o egoísmo de lado e agir de forma mais gentil com os que nos cercam, mesmo que não os conheçamos. Este tipo de atitude certamente dará frutos e irá retornar coisas positivas para todos que agirem desta forma. Temos que parar de “passar por cima” dos outros para alcançar nossos objetivos. O mundo é competitivo e é preciso força para enfrentá-lo, mas dá para fazer isto de forma justa e cordial com as outras pessoas.


A liberdade, a igualdade e a fraternidade estão fortemente ligadas entre si, elas são componentes de uma equação e se praticarmos seus princípios o resultado será uma sociedade melhor, onde todos nós poderemos viver em perfeita harmonia e paz.


Ivan Mouta

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