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Liderando gerações


O mundo corporativo tem se mostrado cada vez mais preocupado com as pessoas, entendendo que é “gente” que faz a diferença nas empresas, mas esse movimento ainda está engatinhando nas companhias, há muito que evoluir e é preciso mais sensibilidade e sensatez no trato com as pessoas, percebendo que são diferentes e que não dá para tratá-las da mesma maneira, esperando que reajam da mesma forma ou agir como se fazia no passado, pretendendo que os resultados sejam os mesmos, a sociedade mudou e o modo como gostamos de ser tratados também.


Hoje vivemos algumas divergências de opiniões e comportamentos bem significantes dentro das empresas, muito por conta da convivência simultânea de quatro gerações no ambiente corporativo, sendo cada uma delas com características e formas de pensar e agir bem particulares.


Convencionalmente temos algumas classificações para as gerações, uma das mais utilizadas as divide em Baby Boomers e Gerações X, Y e Z. Os Baby Boomers surgiram logo após o fim da Segunda Guerra Mundial e são profissionais mais conservadores e, em sua maioria, não tão inovadores. A Geração X, formada por pessoas nascidas em meados da década de 60 até o final dos anos 70, surge já fazendo uso dos recursos tecnológicos e se caracteriza por ser um pouco individualista. A Geração Y, composta por indivíduos nascidos na década de 80 até meados da década 90, possui a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo e apresenta um desejo constante por novas experiências, busca uma rápida ascensão, com promoções de cargos em períodos relativamente curtos e de maneira contínua. A Geração Z, formada por pessoas nascidas a partir de meados dos anos 90, é fortemente conectada à internet e apresenta um perfil mais imediatista e tem alguma dificuldade em trabalhar em equipe e certa resistência à autoridade.


Quem estiver liderando essa miscelânea de pensamentos, aspirações e sentimentos tem que ter a compreensão que cada pessoa, de cada geração ou até da mesma geração, vai reagir de forma diferente a qualquer estímulo, o que motiva uma pessoa e eleva sua autoestima, não vai necessariamente funcionar com outra e, ao contrário, pode desanimá-la ou até mesmo acabar com sua carreira, por vezes promissora.


Um verdadeiro líder não tem receita pronta para lidar com as pessoas, ele está sempre buscando maneiras corretas de interagir com seus liderados, procurando entendê-los em sua essência e fazendo com que atinjam o máximo de sua performance profissional e isso é mais factível quando estão, simplesmente, felizes e convivendo num ambiente agradável a harmônico.


Alcançar êxito nesta empreitada, evidentemente, não é nada fácil, entender o ser humano é, talvez, a tarefa mais difícil que possa existir, mas não há outro caminho, não se faz uma empresa de sucesso sem “gente” e “gente” precisa se sentir bem. Um bom começo é respeitar as pessoas com quem se trabalha, com quem se lidera. Cobrar, exigir um trabalho perfeito e rápido faz parte do mundo corporativo, mas isso pode ser feito sem ser desrespeitoso, sem expor ou envergonhar o subordinado.


Um líder tem que ter o perfeito equilíbrio entre a cobrança e o elogio, entre a correção e a premiação e, acima de tudo, precisa conhecer sua equipe, suas diferenças e trabalhar para manter um ambiente harmonioso, independente das diferenças de idade entre as pessoas, seja qual for a geração de cada um, afinal todos fazem parte do mesmo time, com um único objetivo, que é fazer a empresa crescer e poder progredir junto com ela. Essa missão é bem complicada, mas ser líder não é fácil e não é para qualquer um.


Ivan Mouta


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