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A força do varejo



O varejo é sensível às oscilações e novas exigências do mercado e sempre agiu de forma rápida e precisa, se adaptando às necessidades de seu público consumidor. Criatividade e resiliência nunca faltaram ao nosso comércio, não foram poucas as crises econômicas de nosso País e, mesmo assim, este segmento só se fortaleceu ao longo dos anos, superando enormes adversidades ao longo do caminho.


Segundo uma pesquisa divulgada em junho/2020 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o comércio brasileiro empregava em 2018 mais de 10 milhões de pessoas. Esse estudo apontou ainda que os estabelecimentos comerciais, instalados no território nacional, pertenciam a 1,5 milhão de empresas e somaram R$ 3,7 trilhões de receita operacional líquida, isso de janeiro a dezembro de 2018. A pandemia, certamente, fez esses números mudarem, mas isso nos dá uma ideia da importância desse setor em nossa economia e em nossas vidas. O varejo empreende, emprega e realiza nossos sonhos e necessidades enquanto consumidores.


Agora imagina um setor que depende, em sua maioria, da presença maciça das pessoas, de repente ser obrigado a fechar suas portas, ter que se adaptar a modalidades de vendas que não dominava e entre reaberturas e novos fechamentos ter que limitar a presença de clientes em suas dependências. Tudo isso sem qualquer previsibilidade, tendo que reduzir seus quadros de pessoal, sem saber se aumentava ou não seus estoques e se apostava ou não numa retomada. Pois é essa a insanidade que o varejo vem vivendo nesses últimos 17 meses.


Mesmo com toda essa adversidade, mais uma vez, o varejista brasileiro tem demonstrado todo seu talento e enorme disposição para o trabalho, se adequando às necessidades do momento, sempre buscando continuar oferecendo seus produtos às pessoas com a máxima segurança para todos que estão envolvidos no processo de venda. O varejo agiu rápido e implantou rígidos protocolos, muitos deles mais rigorosos que os exigidos pelas autoridades públicas, sempre com olhos nas pessoas e no seu bem-estar. Também se inovou e abriu novas possibilidades de vender e satisfazer seus clientes.


Todo esse esforço tem sido promissor e os resultados já começam a aparecer, com os patamares de vendas apresentando sucessivos crescimentos, com muitas empresas já alcançando os níveis pré-pandemia. Lamentavelmente muitos varejistas tiveram que fechar suas empresas nesse período inimaginável pelo qual passamos, mas há muita esperança que possam voltar a operar seus negócios novamente.


O momento atual evidencia o amadurecimento de todo o setor varejista e o quanto seus empreendedores estão profissionalizados e prontos para os percalços a que estão sujeitos. É em momentos de dificuldades que a capacidade é verdadeiramente colocada à prova e o varejo vem mostrando estar preparado para superar esta enorme adversidade que vivemos, provando o quanto se fortaleceu e amadureceu ao longo dos últimos anos e, certamente, sairá mais forte quando tudo voltar ao normal, atendendo às novas exigências que adquirimos ao longo desse período e as expectativas cada vez mais elevadas do mercado consumidor.


Ivan Mouta

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