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Desanimar pode, desistir não


Por mais que sejamos fortes, que exerçamos alguma fé e mesmo que ainda não tenhamos sido impactados diretamente pela pandemia, é muito difícil, ao menos por alguns momentos, que seja, não desanimarmos, não ficarmos deprimidos, tristes ou abalados com tudo que vem assolando nosso planeta. Não há como evitar esses sentimentos, o mundo nunca viveu algo parecido com isso, há um enorme sofrimento pairando ao nosso redor e isso nos afeta, nos contagia. É uma energia pesada, carregada de emoções, que nos coloca em profundo esgotamento. No entanto, não podemos nos entregar ou desistir, há esperança por dias melhores, vamos superar tudo isso, não podemos, de jeito nenhum, reconhecer a derrota.


Historicamente a humanidade sempre saiu fortalecida de momentos trágicos, as maiores evoluções científicas e tecnológicas ocorreram após guerras e grandes desastres. Certamente isso irá acontecer novamente, ainda não conseguimos enxergar isso por motivos óbvios, no momento estamos todos focados em solucionar a pandemia e seus efeitos, mas muitas conquistas irão aparecer com o tempo e, certamente, a maior delas seria se evoluíssemos no convívio uns com os outros, principalmente, respeitando nossas individualidades.


Tudo que conquistarmos na medicina – e não será pouca coisa – mudará nossas vidas para sempre, mas podemos mais, somos capazes de fazer uma grande revolução em nossa sociedade, passando a exercer realmente o sentimento de empatia e praticando efetivamente a gratidão pelo que temos, pelo que nos é oferecido e, especialmente, pelas pessoas que nos amam. Não podemos esquecer de tudo que nos foi bruscamente subtraído e como isso nos tem feito muita falta. Coisas simples, que não dávamos o devido valor, como estar junto das pessoas que gostamos, como exercer nossa profissão, como ir aos nossos lugares preferidos e tantas outras coisas, que pareciam tão banais e hoje vemos que necessitamos tanto delas. Não podemos, recuperando-as, voltar a agir como antes, temos que mudar e passar a dar a importância que elas merecem.


Precisamos muito mudar nossa forma de ver as coisas e, sobretudo, de agir, nos comportando de uma forma mais leve, mais cordial uns com os outros, mais responsável com a sociedade em que estamos inseridos, trabalhando para o bem comum, com um comportamento menos egoísta e mais preocupados com o todo. Temos que lutar contra o desânimo que nos atinge, até faz parte conviver um pouco com ele nesse momento, mas desistir não pode ser uma possibilidade para nenhum de nós, nem agora, nem nunca.


Ivan Mouta

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